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As regras do hipismo paralímpico são fundamentais para que torcedores e iniciantes do esporte acompanhem as provas e possam ser envolver, ainda mais, com o esporte. 

A boa notícia é que, por mais que este seja um esporte que pareça complexo e difícil de compreender, a verdade é que o hipismo, de uma forma geral, é uma modalidade bastante fácil de compreender. Talvez não possamos dizer o mesmo sobre o grau de dificuldade de praticar o esporte. rs

Afinal, adestrar o cavalo e treiná-lo a fazer os movimentos que você deseja, me parece um grande desafio. Essa dificuldade, inclusive, é uma das razões para o encantamento que o esporte desperta em quem o assiste.

Mas, neste artigo, nosso objetivo é te ajudar a compreender as regras do hipismo paralímpico, seja para começar na modalidade ou apenas acompanhá-la, como torcedor. 

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Regras do hipismo paralímpico: guia prático para começar!

Vamos direto ao ponto e listar quais são as regras do hipismo paralímpico:

  • Nos Jogos Paralímpicos os atletas podem ter deficiências físico-motora ou visual.
  • A única modalidade do hipismo paralímpico é a de adestramento.
  • Existem três tipos de provas: adestramento individual, por equipes e estilo livre.
  • No individual e no por equipes os atletas precisam executar uma sequência predeterminada de movimentos com o cavalo.
  • No estilo livre não há movimentos predeterminados e o conjunto (atleta e cavalo) executam ao som de uma música definida pelo paratleta.
  • Em todos os tipos de provas, os atletas são analisados por 5 juízes, que avaliam cada aspecto da performance, incluindo a postura do cavalo, precisão, qualidade e expressão artística de sua equitação.
  • Os paratletas do hipismo são agrupados em cinco classes. Em cada uma delas, é preciso executar uma série específica de movimentos. 
  • Equipamentos especiais, como selas e correias modificadas, podem ser usados pelos cavaleiros de acordo com suas necessidades.
  • Protetores de cabeça e coletes são obrigatórios para garantir a segurança durante a competição.
  • Guias podem auxiliar os cavaleiros com deficiência visual durante a prova.
  • Auxiliares podem ajudar os atletas a montar e desmontar dos cavalos, se necessário.

Além destas regras do hipismo paralímpico, é preciso destacar que, violações, como desobediência do cavalo ou comportamento antidesportivo, podem resultar em penalidades, conforme as regras estabelecidas.

Isso significa que o cavaleiro ou a amazona podem perder pontos caso uma infração seja cometida. 

Cada ponto perdido impactará o resultado e pode tirar o pódio de um atleta. Por isso, todos devem ter acesso ao regulamento da prova.

Leia também: Maiores brasileiros em Paralimpíadas: conheça os 20 principais atletas

Regras do hipismo paralímpico para as classes dos atletas

Como dissemos ao listar as regras do hipismo paralímpico, os atletas são divididos em classes, que, por sua vez, são determinadas conforme a capacidade funcional de cada um. Entre as categorias estão:

  1. Atletas Grau I: são cavaleiros ou amazonas que usam cadeira de rodas e possuem pouco ou nenhum equilíbrio do tronco. Também inclui esportistas com os quatro membros debilitados. É o grau mais avançado de comprometimento físico entre os atletas.
  2. Grau II: atletas com cadeira de rodas ou com severa complicação no tronco, ou unilateral.
  3. Grau III: fazem parte deste grupo os esportistas que conseguem caminhar sem suporte, com moderada debilitação unilateral ou, ainda, atletas com total perda de visão em ambos os olhos.
  4. Grau IV: estão inclusos os atletas com deficiência severa dos membros superiores, deficiência moderada nos quatro membros ou baixa estatura.
  5. Grau V: são os atletas com menor comprometimento funcional, incluindo problemas de grau leve em um ou dois membros, ou com deficiência visual leve.

Na prática, cada um desses grupos disputam entre si as medalhas de ouro, prata e bronze. 

Em Paris 2024, por exemplo, as provas serão divididas conforme a tabela abaixo.

Campeonato Individual Campeonato por equipe Campeonato estilo livre
Grau I Individual Grau II Individual Grau III Individual Grau IV Individual Grau V IndividualEquipe – AbertoIndividual – Grau I Individual – Grau II Individual – Grau IIIIndividual – Grau IV Individual – Grau V

Com essa divisão, os atletas de cada grupo também têm exigências diferentes para a prova. Conforme o grau do atleta sobe, mais movimentos são pré-definidos como obrigatórios na execução da prova. 

Por exemplo, os atletas de graus IV e V, que têm menos comprometimento funcional se comparados com os demais grupos, devem realizar provas em que executem os fundamentos do passo, trote, trabalho lateral e outros movimentos.

Leia também: Tudo sobre hipismo paralímpico: regras e características desse elegante esporte

Quais são os principais atletas brasileiros do hipismo paralímpico?

O Brasil tem um belo histórico no hipismo convencional, com Rodrigo Pessoa, campeão olímpico em 2004 e duas vezes bronze, e Doda Miranda, com duas medalhas de bronze. Mas, e no hipismo paralímpico? 

Atualmente, temos nomes fortes no esporte, que estão brilhando nas competições pelo mundo!

Um destes atletas é Rodolpho Riskalla, que em 2022 foi bronze no Mundial de hipismo paralímpico, além de ser medalhista de prata dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Além de Riskalla, Sérgio Oliva (Grau I) também é nome forte no esporte, tendo faturado dois bronzes nos Jogos do Rio 2016. 

Outros atletas que merecem nossa atenção são Thiago Fonseca dos Santos (Grau V) e Flamarion Pereira da Silva (Grau II).

Leia mais em: Maiores medalhistas paralímpicos: os 20 principais campeões

História do hipismo paralímpico

O hipismo paralímpico teve sua estreia oficial nos Jogos Paralímpicos de Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 1984. Essa introdução marcou um passo significativo na história do esporte adaptado, proporcionando uma oportunidade para atletas com deficiência participarem de competições de alto nível em um ambiente inclusivo e acessível.

Desde a sua estreia nas Paralimpíadas, o hipismo adaptado cresce em popularidade e reconhecimento, com um número crescente de países participando das competições e um aumento no nível de habilidade e competitividade dos atletas. 

A modalidade continua a evoluir, com novas tecnologias e adaptações sendo desenvolvidas para atender às necessidades individuais dos participantes e melhorar a qualidade e a segurança da prática do esporte.

Por isso, se você é uma pessoa com deficiências físico-motora ou visual, o esporte é uma alternativa para uma melhor qualidade de vida. Por isso, procure um centro de treinamento em sua cidade e comece uma nova rotina.

E se você é apenas um torcedor que acha este esporte incrível, está chegando a hora de torcer por nosso país. Com este guia com as regras do hipismo paralímpico, temos certeza de que a emoção será ainda maior!

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