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O basquete é um dos esportes mais populares do Brasil. Exatamente por isso, é comum encontrarmos quem esteja em busca de saber tudo sobre basquete em cadeira de rodas.

Afinal, estamos falando sobre uma emocionante variação do esporte, que mexe com a adrenalina dos atletas e da torcida. Se você já viu uma partida de basquete adaptado, seja ao vivo ou pela televisão, sabe o quanto o jogo é eletrizante. 

Agora, se você nunca assistiu a uma partida, está perdendo momentos emocionantes.

Para provar o que estou te dizendo, deixo um vídeo a seguir, para que você possa assistir e começar a conhecer tudo sobre basquete em cadeiras de rodas. 

Veja os melhores momentos da final masculina de basquete em cadeira de rodas dos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008.

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Tudo sobre basquete em cadeira de rodas: como funciona?

O basquete em cadeira de rodas é uma adaptação do basquete tradicional, voltado para pessoas com mobilidade limitada nos membros inferiores, geralmente devido a lesões na medula espinhal, paralisia cerebral, amputações ou outras deficiências físicas. Os jogadores utilizam cadeiras de rodas especialmente projetadas e adaptadas para permitir mobilidade na quadra.

As partidas são disputadas em uma quadra com dimensões idênticas às do basquete convencional, ou seja, 28 metros de comprimento por 15 metros de largura e a altura da cesta de 3,05 m.

Além disso, a bola também tem o mesmo formato e dimensões, com a diferença crucial de que os jogadores driblam a bola enquanto se movimentam em suas cadeiras de rodas.

Durante a partida, o jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira

Tudo sobre basquete em cadeira de rodas

Principais regras do basquete em cadeira de rodas

O basquete em cadeira de rodas segue a maioria das regras do basquete convencional, mas com algumas modificações para acomodar as necessidades dos jogadores em cadeiras de rodas. Aqui estão algumas das principais regras para que você domine tudo sobre basquete em cadeira de rodas:

  1. Tempo de Jogo: Uma partida de basquete em cadeira de rodas é dividida em quatro quartos, cada um com duração de 10 minutos. No entanto, o tempo de jogo é frequentemente ajustado para permitir paradas para ajustes nas cadeiras e outras necessidades dos jogadores.
  2. Violação de 8 segundos: os jogadores têm 8 segundos para atravessar a linha do meio da quadra após a posse de bola, em vez dos 10 segundos do basquete convencional.
  3. O contato físico é permitido, mas há regras estritas para evitar colisões perigosas e garantir a segurança dos jogadores.
  4. O jogador deve quicar a bola a cada dois toques dados na cadeira.
  5. Cada time pode ter 15 jogadores, mas apenas 5 atletas entram em quadra, por time.
  6. O relógio é pausado nos pedidos de tempo e a cada vez que a bola sai de quadra.
  7. O time em quadra não pode ultrapassar 14 pontos de classificação funcional.

Oi? Classificação funcional? Quatorze pontos? O que é isso? Fica tranquilo, porque vamos te explicar!

É muito comum ter dúvidas sobre essa pontuação funcional, isso porque esse é um dos elementos que mais diferem a modalidade adaptada em relação ao esporte convencional. 

Entretanto, compreender este somatório é fundamental para quem quer saber tudo sobre basquete em cadeira de rodas.

Leia também: Tudo sobre o NBB: história, times, jogadores, regras e mais

Tudo sobre basquete em cadeira de rodas e a classificação funcional dos atletas 

Na avaliação da classificação funcional, os atletas são categorizados conforme o seu grau de comprometimento físico-motor, variando em uma escala de 1 a 4,5.

Nesse sistema, quanto maior a limitação física, menor será a classificação atribuída ao jogador. 

Na prática, um jogador com uma classificação 3 tem menos comprometimento físico-motor que um atleta com classificação 2, por exemplo. 

Considerando que cada atleta recebe uma nota ou “classificação”, uma equipe em quadra não pode ultrapassar o total de 14 pontos, somando as classificações individuais de seus jogadores.

Tudo sobre basquete em cadeira de rodas
Tudo sobre basquete em cadeira de rodas: somatório dos atletas não pode ultrapassar 14 pontos

Fonte: Comitê Brasileiro Paralímpico

Como e onde praticar o basquete em cadeira de rodas?

O basquete em cadeira de rodas é praticado em todo o mundo, tanto recreativamente quanto em níveis competitivos. 

Existem ligas locais, regionais, nacionais e internacionais dedicadas a este esporte inclusivo. 

Para quem está interessado em praticar, é possível encontrar equipes e clubes que oferecem treinamentos de basquete adaptado. 

Se você tem interesse em começar a treinar o basquete em cadeira de rodas, vale a pena procurar em sua cidade grupos que oferecem essa opção.

No Brasil, o site da CBBC reúne a lista dos clubes filiados, assim é mais fácil para você encontrar um local em sua região que tenha uma equipe de basquete em cadeira de rodas. 

Caso ainda não haja um local que ofereça esse tipo de treinamento, converse com responsáveis por clubes e escolas de basquete convencional e proponha a criação de uma turma para o basquete adaptado. Você pode iniciar um movimento baseado em tudo sobre basquete em cadeira de rodas que você aprendeu aqui e que fará bem a você e a muitas pessoas!

História do basquete em cadeira de rodas

O basquete em cadeira de rodas teve suas origens após a Segunda Guerra Mundial, quando veteranos feridos começaram a procurar formas de permanecer ativos e competitivos. 

Um dos momentos mais marcantes na história deste esporte ocorreu em 1946, quando um grupo de veteranos com lesões na medula espinhal em Wichita, Kansas, adaptou as regras do basquete convencional para se adequarem às cadeiras de rodas.

Este grupo foi liderado por Ludwig Guttmann, um neurologista alemão que foi pioneiro no tratamento de lesões na medula espinhal. 

Juntos, desenvolveram as regras básicas do esporte e organizaram as primeiras partidas competitivas.

Em 1960 aconteceu a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, que contaram com atletas de 23 países divididos em 8 modalidades, entre elas o basquete em cadeira de rodas.

A partir daí, as Paraolimpíadas passaram a ser realizadas a cada quatro anos, assim como as Olimpíadas, e o basquete adaptado é um dos poucos esportes paralímpicos que esteve presente em todas as edições, iniciando com o masculino em 1960, e dando espaço ao basquete em cadeiras de roda feminino em 1968.  

Depois deste panorama com tudo sobre basquete em cadeira de rodas, fica claro que a inovação e a determinação desses homens não só deram origem a uma nova modalidade esportiva, mas também abriram caminho para uma maior conscientização sobre a importância da acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência.

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