No final dos anos 1950 e princípios dos anos 1960, o karatê foi introduzido no Brasil, porém enfrentou uma forte resistência e suspeita por parte das autoridades brasileiras. O estigma em relação às artes marciais japonesas daquela época dificultou a afirmação do karatê como um esporte respeitável e popular.
Apesar disso, ao longo das décadas de 1970 e 1980, o karatê começou a ganhar terreno, impulsionado pelo trabalho incansável de grandes mestres e pioneiros, como Ryuzo Watanabe, Massatoshi Nakayama e Takashi Yamauchi, que também são reconhecidos como alguns dos melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos.
Melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos/master1305/iStock
Em 2021, o esporte conquistou o seu lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, um marco que contribuiu para elevar a sua visibilidade e despertar um interesse renovado pelo karatê em todo o mundo. Esta inclusão histórica também serviu para reconhecer o talento e a dedicação dos melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos, que continuam a ser uma fonte de inspiração para a comunidade karateca global.
Douglas Brose/WKF
No entanto, como em toda trajetória, a história do karatê no Brasil é marcada por períodos de desafios e superações, refletindo os altos e baixos enfrentados ao longo do caminho. Mesmo assim, os melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos demonstraram uma determinação inabalável e um compromisso inquebrável com o desenvolvimento e a promoção do karatê em solo brasileiro e além-fronteiras.
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Conheça mais sobre os melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos
Douglas Brouse
Nascido em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, Douglas Brose deu os seus primeiros passos no mundo do karatê aos sete anos de idade. Seu notável currículo esportivo ostenta três medalhas de ouro na modalidade de kumite até 60 kg no Campeonato Mundial de Karatê, além de ter alcançado o lugar mais alto do pódio nos Jogos Mundiais de 2009 e nos Jogos Pan-Americanos de 2015. Com oito títulos conquistados no Campeonato Pan-Americano de Karatê, Brose solidificou sua posição como uma das principais referências no universo do esporte.
Recentemente aposentado, ele encerrou sua trajetória competitiva após sua última participação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ao final de 2023.
Ronaldo Carlos
Durante os anos 70, Ronaldo Carlos da Silva dominou consistentemente o cenário das artes marciais no Brasil. Conhecido pelo apelido de Ronaldão, ele era reconhecido por possuir o Guiaku-Tsuki mais poderoso da época. Temido por seus oponentes nos dojôs e arenas de competição, Ronaldo conquistou o título de Bicampeão Brasileiro, campeão Pan-Americano e oito vezes campeão carioca. Além disso, foi um dos pioneiros a integrar o karatê no cenário do vale-tudo (MMA).
Chinzô Machida
Nascido em Belém, Pará, Chinzô Machida é um destacado lutador de Artes Marciais Mistas (MMA). Desde os 4 anos de idade, ele pratica karatê estilo Shotokan. Competindo na categoria peso pluma, Machida tem 1,80m de altura e pesa 65kg. Ele fez sua estreia profissional no MMA em 2005.
Seu método de luta se caracteriza pelo combate a longa distância, selecionando cuidadosamente seus golpes e utilizando o espaço entre ele e o oponente como uma forma de defesa para lançar contra-ataques com socos diretos. Chinzô é conhecido por ser pentacampeão brasileiro de kumite individual, o recordista de títulos na categoria.
Ewerton Teixeira
Ewerton Teixeira é considerado um dos melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos. Natural de São Paulo, ele se encantou pelo kyokushin aos nove anos, alcançando a faixa preta aos 21 anos. Em 2001, Teixeira já celebrava seu primeiro título de Campeão das Américas, um título que conquistaria ainda outras quatro vezes.
Sua vitória mais prestigiosa ocorreu em 2007 no World Open, onde derrotou Jan Soukup na final. Após essa conquista, Teixeira decidiu expandir seus horizontes, migrando para a K-1, uma renomada organização de kickboxing.
Luiz Watanabe
Luiz Watanabe, nascido em 28 de julho de 1947 em Hokkaido, Japão, chegou ao Brasil no final dos anos 50, onde foi naturalizado brasileiro. Treinou com o respeitado sensei Nakaiama no Japão antes de conquistar o título de campeão mundial em 1972. Seu trabalho como treinador da Seleção Brasileira de Karatê-do Tradicional foi marcado por excelentes resultados.
Ele também foi membro ativo da Comissão Técnica da ITKF e Coordenador Internacional de Arbitragem.
Sensei Watanabe foi uma figura única, conhecido por seu pensamento instintivo e abordagens inovadoras. Ele viveu em Setiba (ES), onde tinha seu próprio dojo para treinamentos, até seu falecimento.
Fernando Athayde
Fernando Athayde destacou-se na Seleção Brasileira no Pan-Americano de 1978 no Canadá, onde foi parte essencial da equipe de kumite que conquistou o título. Aluno do sensei Takeushi, Fernando era conhecido pelo kata Hangetsu e por um kumite caracterizado por técnica refinada e espírito de luta vigoroso.
Fernando também foi campeão carioca e competiu em dois mundiais, integrando a prestigiada “Geração de Ouro” do karatê brasileiro, que deixou uma marca indelével no esporte.
Dorival Caribé
Dorival foi um dos precursores do karatê na Bahia, onde nasceu, juntamente de seu irmão Denilson. Caribé fez história sendo o primeiro campeão brasileiro de karatê no ano de 1969. O lutador ainda acompanhou a seleção brasileiro nos mundiais de 1972 e 1977 (França e Japão), e também nos Jogos Pan-Americanos em 1973 e 1974 (Brasil e Peru). Dorival foi considerado um dos melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos
Ricardo Buzzi
Ricardo Luis Buzzi se formou em arquitetura pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e foi um praticante de karatê. Reconhecido nacional e internacionalmente como um dos mais habilidosos e versáteis karatecas de sua geração, ele competiu em diversos eventos, acumulando títulos em várias categorias. Destacam-se entre eles o título de Campeão Mundial de kumite individual pela ITKF em 2002, além de ter conquistado 12 títulos de campeão brasileiro, sendo 5 por equipe e 7 individuais, pela CBKT.
Em 2014, após alcançar o inédito título de Campeão de Kumite Individual para um paranaense no Campeonato Brasileiro, encerrou sua carreira como atleta aos 38 anos de idade.
Lyoto Machida
Lyoto Carvalho Machida, também conhecido como “Dragon”, nasceu em Salvador em 30 de maio de 1978. Ele é um praticante de karatê e lutador profissional de MMA brasileiro. Machida conquistou o título de bicampeão mundial Meio-Pesado pelo UFC. Criado em Belém, capital do Pará, Lyoto é filho do mestre em Karate Yoshizo Machida. Desde os três anos de idade, ele começou a treinar com seu pai, que desenvolveu uma metodologia de treino baseada no estilo do Karate Shotokan, agora conhecida como Karate Machida.
Aos 13 anos, Lyoto alcançou a faixa preta. Ele também começou a praticar sumô aos 12 anos e Brazilian Jiu-Jitsu aos 15 anos. Ao longo de sua jornada, ganhou diversos torneios amadores de karatê, incluindo o torneio Pan-Americano de Karatê em 2001.
Vinícius Rezende
Vinícius Rezende Figueira é um talentoso praticante de karatê do Brasil, notável por sua conquista da medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 na categoria até 67kg. Em 2018, alcançou o posto de vice-campeão no Mundial de Madri, após uma disputa acirrada na final contra o francês Steven Acosta, que terminou com o placar de 6 x 5.
Recentemente, Vinícius adicionou outra conquista ao seu currículo ao ganhar a medalha de ouro nos World Games. Atualmente, ele lidera o ranking sênior especial da Confederação Brasileira de Karatê na categoria Kumite Masculino Sênior até 67kg.
Lista completa dos melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos
- Douglas Brose
- Ronaldo Carlos
- Chinzô Machida
- Ewerton Teixeira
- Ryuzo Watanabe
- Fernando Athayde
- Dorival Caribé
- Ricardo Buzzi
- Lyoto Machida
- Vinicius Figueira
Esses notáveis lutadores não apenas ajudaram a disseminar e aprimorar o karatê no Brasil, mas também deixaram um legado como os melhores karatecas brasileiros homens de todos os tempos. Suas contribuições foram fundamentais para elevar o status do karatê no país e inspirar gerações futuras de praticantes.
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