As regras do tênis de mesa paralímpico são muito similares às do esporte que deu origem ao formato adaptado.
Apenas algumas adaptações foram feitas na lista de normas para acomodar atletas com deficiências físicas ou motoras. Entre esses ajustes, estão, por exemplo, a possibilidade de os atletas que não conseguem segurar a raquete com firmeza poderem amarrá-la na mão.
Também é importante observar que os atletas são divididos em 11 classes, conforme o grau de comprometimento físico-motor que possuem.
Como veremos ao longo deste guia, 10 classificações são voltadas para atletas com deficiência física (que precisam ou não de cadeira de rodas) e uma classe reúne quem tem deficiência intelectual.
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O que é o tênis de mesa paralímpico?
O tênis de mesa paralímpico é uma modalidade adaptada do tênis de mesa tradicional, projetada especificamente para atletas com deficiências físicas e intelectuais. É jogado por pessoas com uma variedade de deficiências, incluindo lesões na medula espinhal, paralisia cerebral, amputações e outras condições que afetam a mobilidade.
Os equipamentos utilizados no tênis de mesa paralímpico são semelhantes aos do tênis de mesa convencional, incluindo a mesa, raquetes e bola.
De maneira similar, as regras do tênis de mesa paralímpico deixam claro que o jogo deve ser executado visando rebater a bolinha lançada pelo adversário de modo que ele não consiga rebater de volta.
Ou seja, o objetivo é exatamente o mesmo que o tênis de mesa convencional.
Quais são as regras do tênis de mesa paralímpico?
Mas, afinal, quais são as regras do tênis de mesa paralímpico que diferem do esporte tradicional e o que é exatamente igual? A seguir, listamos as principais normas do esporte, reunindo tudo o que é essencial. Confira!
- As competições são divididas entre mesa-tenistas andantes e cadeirantes.
- Podem competir atletas com deficiências físicas ou intelectuais.
- As classes de TT1 a TT5 são para atletas cadeirantes; de TT6 a TT10 são para atletas que jogam em pé e TT11 é especialmente voltado para atletas com deficiência intelectual.
- Para mesa-tenistas andantes, as regras são as mesmas do esporte olímpico.
- Já para os cadeirantes, a regra de saque difere, sendo necessário fazer com que a bola ultrapasse a linha de fundo do adversário. Se a bola sair pela lateral, o saque deve ser repetido.
- Uma partida é disputada em melhor de cinco sets de 11 pontos, sendo o vencedor do set aquele que fizer os 11 pontos primeiro.
- Para fechar o site é necessário abrir pelo menos dois pontos de vantagem.
Existe uma regra especial para as partidas em dupla: os parceiros em cadeira de rodas não precisam se revezar para acertar a bola. Ou seja, a rebatida é livre, não importando quem foi o último atleta a “tocar” na bola com a raquete.
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Como é feita a classificação dos atletas?
Uma das regras do tênis de mesa paralímpico que geram mais dúvidas entre espectadores e praticantes iniciantes é a classificação.
Como dissemos acima, os atletas são divididos em classes que vão da TT1 a TT11.
A divisão é feita considerando que quanto maior o número da classe, menor o comprometimento físico-motor do atleta.
Logo, atletas da classe TT5 têm um comprometimento motor menor do que os atletas das classes TT4, TT 3, TT 2 e TT1.
Além disso, vale a pena lembrar que:
- TT1 a TT5 são para atletas cadeirantes;
- TT6 a TT10 são para atletas que jogam em pé
- TT11 é especialmente voltado para atletas com deficiência intelectual.
Dessa forma, um atleta cadeirante só poderá ser classificado entre TT1 e TT5. Enquanto isso, um atleta que joga em pé, será classificado entre TT6 e TT10.
Entre os mesatenistas que jogam em pé podem estar os amputados, atletas que usam próteses ou que possuem tamanhos diferentes de perna. Neste último caso, é possível, inclusive, usar um tênis com altura maior, para igualar o comprimento das pernas.
Mas, quais são os critérios, dentro de cada classe, para dividir os atletas?
A resposta envolve uma lista de elementos que são avaliados, por exemplo:
- força muscular;
- restrições locomotoras;
- equilíbrio na cadeira de rodas;
- habilidade de segurar a raquete.
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Vale a pena dizer que a classificação funcional é o que garante uma competição justa e equilibrada, permitindo que jogadores com diferentes habilidades e limitações participem em condições de igualdade.
O sistema de classificação funcional evoluiu ao longo do tempo para se tornar mais refinado e preciso.
Logo, não estamos diante de um sistema discriminatório, mas ao contrário, a divisão em classes é imprescindível para que atletas com as mais diferentes deficiências possam, de fato, participar da competição.
Histórico do tênis de mesa paralímpico
O tênis de mesa fez sua estreia oficial nos Jogos Paralímpicos em 1960, em Roma, apenas com a modalidade de cadeira de rodas.
Inclusive, 1960 foi o ano dos primeiros Jogos Paralímpicos, que passariam a acontecer a cada quatro anos, em sequência às Olimpíadas.
Desde então, tornou-se uma das modalidades mais populares e amplamente disputadas, atraindo atletas de todo o mundo e oferecendo uma competição emocionante e de alto nível.
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Os paratletas brasileiros participaram pela primeira vez da competição em 1976, em Toronto, ano em que a modalidade para jogadores de pé entrou para o calendário da competição.
A primeira medalha brasileira na modalidade, entretanto, só veio em 2008, com a dupla Welder Knaf e Luiz Algacir, que faturou a prata em Pequim.
Após a primeira, mais sete medalhas no tênis de mesa vieram para o Brasil, sendo quatro conquistadas nas Paralimpíadas Rio 2016 e três em Tóquio 2021.
Quem sabe o ouro vem de Paris?
Sem dúvidas, o tênis de mesa paralímpico tem uma história rica e significativa, que reflete a resiliência e a capacidade do esporte de unir pessoas de todas as habilidades e origens em torno de valores compartilhados de inclusão, competitividade e superação.
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